Por Erik Jacobson, este texto veio enfatiza a necessidade de após observar o vigente conhecimento prévio e as habilidades que as crianças já possuem quando entram na escola, e assim, após reconhecê-los, buscar melhores maneiras de aproveitar tais fatos. Os educadores e esta nova concepção sobre a educação infantil na fase inicial, que já é fato, tem apoio em análises antropológicas e empíricas.
Essa necessidade de reconceitualização do "amplo leque de habilidades" que as crianças já possuem mesmo antes de entrarem para a escola formal já foi citado como avanço é basicamente o marco na alfabetização inicial. Conhecimentos quanto à convenções espaciais da escrita já são presentes nessa crianças, com o percepção da "direção" que a escrita é feita, esquerda para a direita: língua portuguesa e inglesa por exemplo, entendimento que há relação entre fonema e grafema etc, em geral a criança já os domina antes da alfabetização. Eles entendem que a comunicação também poderá ser oral ou escrita e buscam compreender a utilidade e a melhor maneira de utilizá-lasou seja, quando e como o fazer.
Estas concepções já ocorrem devido às experiências do pequenos em seu meio social, primeiramente familiar e consequentemente em seu grupo social. Nesse, ao compreender a função e utilização da escrita em seu meio de interações sociais, teremos suas práticas de linguagem oral pela perspectiva sóciolinguística.
O autor apresenta que, HÁ RELAÇÃO ENTRE O USO DA LINGUAGEM ORAL E A ALFABETIZAÇÃO INICIAL ao perceberem essa utilização da leitura e escrita em seu meio social, a criança chega na escola formal com a concepção que receberá instruções para também interagir com o seu contexto social, o que muitas veezs não acontece. Pois a escola acaba ignorando as práticas de linguagem do ambiente o qual a criança é proveniente.
O autor explica melhor e exemplifica o porquê devem ser consideradas tais práticas e usos da linguagem escrita e o contexto das mesmas, apresentando também o "perigo" de não as considerar. Assim, o autor conclui o texto apresentando algumas formas com as quais educadores possam aproveitar da melhor maneira os contextos dos meninos e meninas junto aos conhecimentos deles para otimizar este processo tão importante e possível para as crianças, a alfabetização.
Exemplos desta relação: a opção linguística para a leitura e a escrita, o autor exemplifica citando crianças filhas de imigrantes em um país de língua inglesa, ou seja, um contexto "multilíngue". Já que a criança convive com uma forma de uso e costumes da linguagem escrita e falada distinta da que rege o resto da sociedade, o que acarretará também na exigência escolar de que ela domine esse outro padrão de língua escrita não correspondente ao usual da criança. Em contraponto à isso, implantaram nas escolas um modelo de alfabetização bilíngue, onde era valorizado o idioma matermo na alfabetização e posteriormente era inserido o idioma do país em que a criança se encontrava. Este programa recebeu críticas no país e alguns retiraram seu apoio à educação bilíngue. Logo, ignoram que a criança deve ver um significado no aprendizado dos conteúdos e não apenas ser "mergulhada" em "códigos e significações" diferentes dos que ela realmente necessita/utiliza em seu contexto familiar e social.
Assim, autor explica melhor e exemplifica o porquê devem ser consideradas tais práticas e usos da linguagem escrita e o contexto das mesmas, apresentando também o "perigo" de não as considerar.
A estrutura participante do processo de alfabetização, é o momento onde há a inclusão da turma, como em uma leitura em grupo, ou momentos da aula mediado por perguntas do educador à turma. Sobre esse aspecto o autor cita o exemplo do excelente desempenho havaiano em sessões de leitura de textos em grupo, quando após a frustração quanto às expectativas pedagógicas,eles instalaram a tradição de contar histórias junto à participação de cada um deles e assim interagem muito bem quanto ao tema da aula. No entanto, também há o alerta quanto à necessidade de se conhecer as práticas sociais do grupo com que se pretende realizar o trabalho pedagógico para não se posicionarem desrespeitosamente.
Construindo histórias e texto na escola esses momentos seriam períodos de compartilharem seus conhecimentos sobre um conto ou sobre outro acontecimento/conhecimrnto histórico deles. O trabalho posterior à alfabetização era otimizado quando já ahvia contato dos alunos com recursos escritos ou por terem tido oportunidade de ouvir histórias etc., no entanto todos sabiam expressar tal conhecimento, mas ao padronizar o modo de estruturação as histórias, houve a discriminação de algumas formas como superiores em detrimentos de outras. no entanto a prática oral pode ser singular e rica por isso, mas não é sempre valorizado ao se estipular padrões para contarem suas experiências e conhecimentos.
Implicações para as escolas e para os professores: O ensino da leitura e da escrita deveria partir do uso da linguagem em casa; a alfabetização inicial deveria apoiar a exploração da linguagem; As classes de leitura e escrita deveriam incluir instrução específica para os alunos que a necessitem; Os professores deveriam considera a relação entre a alfabetização e outras práticas sociais.
Com isso, pode-se pensar: "Na alfabetização brasileira não se faz necessária a alfabetização bilíngue. Então, qual é a contribuição desse texto?"
O texto fala de significações e práticas sociais desvalorizadas, o que, mesmo sem termos idiomas distintos em nossa pátria, acontece quando crianças chagam à escola formal. As práticas e significações da linguagem escrita e oral não são consideradas e nem sempre utilizadas como base para fazer assimilações e colaborar para a construção do conhecimento dos pequenos sobre a leitura e a escrita.
Não apenas no Brasil, mas em todos os lugares, práticas e construções sociais são diversas e por vezes podem divergir. Logo, conceber apenas um padrão de alfabetização será incoerente com esta constatação também antropológica.
Bom... foi isso mesmo que o texto me acrescentou de conhecimento.
Beijos a todos, Deus os abençoe.
Roberta Canêjo
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